Candomblé

Praticada principalmente no Brasil, o Candomblé é uma religião descendente da cultura Africana e, de forma mais comum ou popular podemos dizer que cultuam principalmente os Orixás.
Basicamente não existia uma religião chamada Candomblé e nem existe nos países africanos. A religião surgiu com a vinda dos escravos, que trouxeram e tentaram manter suas crenças de maneira que acabaram juntando seus Orixás num só lugar, por assim dizer.

Isso significa que cada nação africana possui um Orixá diferente. Ou seja, Oxalá, Ogum, Oxóssi, Iemanjá, Oxum, Exu, Xangô entre muitos outros. Então o que houve foi uma tentativa de não perder a cultura original trazida de seus países que fez com que os escravos da época formassem o que hoje conhecemos pelo nome de Candomblé.
O nome vem de um termo que significa algo como “casa da dança com atabaques”, daí o uso de atabaques e de danças, que são próprias para cada Orixá ou ritual praticado. A cada entidade ou orixá traz consigo sempre uma lenda sobre como ele surgiu, geralmente de cunho mitológico e utilizando o uso de totens característicos.

Os praticantes e pais de santo afirmam haver qualidades de santo (orixá), que são capacidades ou dons. Para se entender de forma simples, o planeta é regido por reinos: Mineral, Animal, Elemental, Humano, etc.
O Candomblé está embasado, isso de acordo com as práticas que percebi, no reino elemental que, por sua vez não é dotado de autonomia consciente. Isso significa o que?

Bem, um elemental está em fase de aprendizado. Ou seja, ele não é dotado de consciência ética e não discerne muito bem o bem do mal. Ou seja, se o praticamente alimentar atos nocivos, será esse tipo de energia que o elemental terá. Ao praticar e alimentar o bem, o elemental também praticará o bem.

Acreditasse na licença espiritual do ser que se comunica ou age durante os rituais. Ou seja, um espírito acompanha o praticante (filho de santo ou pai de santo, como costumam chamar) e se comunica através de danças quase que num transe. Raramente conversam e, se conversam, é em língua africana. Assim como os cânticos, danças e saudações são todos em dialeto africano conforme a nação de origem do Orixá.
O lado triste é que muito se perdeu do significado da língua. A tradição foi passando por gerações e se espalhando sem no entanto ter o cuidado da pesquisa e dá prática documentada da língua.

Dentro da questão de “qualidades” dos Orixás, é válido destacar que aqui no Brasil há misturas de santos e qualidades mescladas em alguns casos.

Como temos uma mistura de culturas muito grande no Brasil, é comum as pessoas terem uma visão totalmente preconceituosa do que é a cultura africana e acabam julgando sem maiores estudos ou cerimônias. Pessoal, quero deixar claro que, antes de achar que isso ou aquilo é coisa do capeta, já passou da hora de estudar mais e se informar sobre as coisas. Vejo pessoas parecendo seres primitivos diante de uma lanterna, parece que ficam assustados e dizem que é um deus da luz que está dentro da lanterna.

Basicamente há o uso de alimentos como arroz, milho, canjica, ervas (boldo, hortelã, louro) entre muitas outras como Axé ou Asè, ou seja, uma forma de oferenda ao Orixá. Também ainda há casas ou templos que praticam a oferenda de animais ou a carne. Mas quero deixar claro que nada tem em relação com rituais de magia como alguns dizem. No entanto, devido a um grau evolutivo do Planeta, alguns já percebem que não há mais essa necessidade assim como de outras práticas, como uso de álcool e fumo (são usados para limpeza e defumação).

Pelo fato já mencionado acima (da mistura de culturas) há muitos praticantes do Candomblé com uma visão cristã até mesmo em relação aos Orixás. Claro que há uma correspondência entre esse e aquele arquétipo, mas isso é assunto para outro dia.

Por se tratar de um resumo apenas, vou terminando por aqui.

Desejo muito Asè aos amigos do Candomblé, assim como todos de outras religiões. Acho que o importante é o respeito e a prática da bondade acima de tudo. Todos os homens de bom coração são sempre bem-vindos ao lar da Consciência Maior. Afinal, Deus é não é um só?… Asè a todos e até a próxima!!!