Quando o coração não entende e a cabeça critica, os olhos ficam cegos
Pessoal, o blog deve entrar de férias por um tempo. Mas vou colocar esse post antes disso, até porque acho necessário, muito mais que qualquer coisa.
O trabalho de veicular os textos é praticamente assistencial e com o intuito de pegar teorias e casos reais e poder direcionar melhor e de maneira próspera em nossas vidas. Isso só se consegue com compreensão.
Certa vez eu combinei com alguns amigos de colégio, que há anos não nos víamos, de nos encontrar. Um amigo estava organizando, me chamou e aceitei.
Porém ocorreu uma emergência e eu não fui. Os amigos que foram vieram com 10 pedras na mão dizendo que eu não tinha consideração, etc.
Ok. Deixei passar um bom tempo e aí decidi comunicar meus motivos.
No dia combinado meu pai teve um AVC, eu dei o primeiro socorro, ele chegou na unidade de saúde desfibrilando, com um dos pulmões bem comprometido, além do quadro de AVC isquêmico. Ele ficou na unidade de saúde numa UTI improvisada, pois não tinha convênio e não conseguimos transferi-lo.
Eu contei isso aos amigos, eles se desculparam e marcaram mais uma data. E outra. Nas duas eu fui. Sendo que na primeira fomos apenas o amigo que organizou e eu. Na segunda estávamos em apenas 3 de umas 10 pessoas.
Ninguém justificou nada. Nunca.
Seja numa amizade ou num trabalho assistencial principalmente, a pessoa não está a sua disposição e pode ou não te ajudar. Eu nunca prometi nada e também não cobrei dos amigos. Não sei o que se passou com eles. Podem querer contar ou guardar para eles, isso sinceramente não importa.
O fato é que você não sabendo o que acontece do outro lado, torna uma atitude de querer exigir ou até acusar, algo muito grosseiro e desmedido. Principalmente se você coloca a pessoa numa posição como se ela fosse obrigada a comparecer ou até mesmo lhe ajudar.
A primeira pessoa a te querer bem, deve ser você mesmo.
Vejo que, hoje em dia, as pessoas rotulam muito facilmente e cobram dos outros algo que sequer prometeram como um tom muito extremo as vezes.
É uma confusão que mostra que seu coração não está entendendo o outro. Sua cabeça não parou para pensar que se o outro não está presente ou do outro lado da linha (ou computador), pode ser porque ele ou ela está com algum desafio grave e aí seus olhos não enxergam mais a realidade, mas apenas o que sua imaginação criar.
Isso é nocivo para as pessoas e acaba afastando amigos, parentes, etc. Tudo por uma falta de compreensão ou até mesmo uma imposição.
Exigir que o outro esteja a disposição quando queremos, principalmente se não sabemos o que se passa na vida do outro, não trará nada de bom para quem acusa e nada de útil para quem foi acusado injustamente.
Eu decidi contar essa história pessoal, pois ela se encaixa em muitos casos de diferentes formas quando alguém acha que “alguma coisa”.
As vezes a pessoa não precisa de uma ligação ou de um Chat, ela precisa de alguém ali, presente, um apoio ou socorro físico. As vezes não.
Compreender que o outro ou outra não está lá e por um motivo justo, mas que um gesto de evolução, é um gesto de carinho e desapego. Mas o contrário disso pode acabar mostrando o seu lado mais cruel e ninguém que se diz bonzinho sofre por acaso. Geralmente a pessoa é cruel com os outros e mais ainda com ela mesma.
Devemos praticar o desapego e compreender que as pessoas não estarão lá quando quisermos que elas estejam, mas somente quando realmente precisarmos. O Universo e Deus nada fazem sem que haja um motivo.
O Blog deve voltar ano que vem. Se puder voltar antes disso, voltamos. Vou trazer novidades fora dos Posts e quem acompanha fique atento, pois esse trem passa apenas uma vez em cada estação e a passagem é só de ida. 😉
Um abraço fraternal a todos!!!