Obsessor e Processo Obsessivo
Esse termo “obsessor” é muito falado no meio espírita quando alguém quer dizer que existe um espírito perseguidor, que atormenta outra pessoa.
Mas obsessor é também alguém que nutre sentimento de posse, fixação, apego em demasia por outra pessoa ou situação.
O comportamento do obsessor, através de suas atitudes e pensamentos, visa o tempo todo justificar sua obsessão com argumentos que até parecem ter um sentido, mas no fundo só somente desculpas para não desapegar do outro.
Muitas pelas falam em obsessor como sendo uma entidade espiritual que influencia pessoas em seus vícios, etc. Mas não somente esses casos existem. Boa parte dos processos obsessivos são desencadeados no dia-a-dia por questões da convivência humana.
Para efeito didático, vamos considerar que o termo Outro refere-se sempre à pessoa ou situação, objeto de fixação do obsessor.
Processo Obsessivo
O processo obsessivo se dá a partir do momento em que a pessoa passa a dedicar tempo de sua vida a saber como está o Outro e a direcionar suas ações e pensamentos com demasiada dedicação que se torna nociva a ambos.
Esse processo pode ser desencadeado a partir de eventos positivos ou negativos. Veja alguns exemplos:
A – Quando há um desentendimento entre pessoas e uma delas fica vigiando a outra com a finalidade de fazer críticas e/ou ameaças.
Isso pode partir tanto do agressor quando da vítima. Isso mesmo, a vítima poder vir a tornar-se obsessor do agressor como forma de “vingança” maquiada sob a “busca pela justiça”. Explico melhor: buscar justiça é uma coisa. Dedicar seu tempo para destruir o outro para dar o troco é obsessão.
Capisco? 😉
B – Quando um filho vai pra balada e a mãe fica pensando em tudo de ruim que poderia acontecer. Ela passa a noite acordada, contando as horas esperando a cria voltar em segurança. Isso é muito obsessivo, tanto que muitas influências negativas podem dominar a situação nesse momento pois terão uma ajudinha bem grande da progenitora para prática do mau. Mães que agem assim, argumentam que estão preocupadas com o bem-estar e segurança, mas são obsessoras perigosas. Pensar boas coisas é uma boa dica para não causarem estragos maiores.
C – Quando um funcionário acredita que faz de tudo pela empresa mas não é reconhecido, então ele passa a menosprezar tudo que venha da empresa desde materiais usados na mesma até alimentação, etc. Ou seja, esse funcionário passa a desejar que coisas ruins aconteçam com a empresa, mas se esquece de que seu salário e até seu crescimento profissional pode vir dela, ainda que decida sair, sua passagem foi um aprendizado.
D – Situações políticas onde uma crítica muito intensa é feita a um governante ou partido e, mesmo com o andamento e desfecho de algumas situações o obsessor permanece a perseguição e provocações do tipo “Fala agora”, “Viu como é”, “Prove do seu veneno”, “Cadê o político tal?”. Ações que não levam a nada, principalmente ao mais importante nesse caso que é o crescimento de uma cidade ou país. Pessoas assim estão iludidas por seus ideias e conceitos. Esquecem do trabalho conjunto e trocam isso pelo ego inflamado da crítica e acusação.
E – Quando alguém “ama” tanto o outro que faz amarração (trabalho espiritual para fazer alguém te amar e te querer, mesmo que não queira). Esse evento é feito com energias negativas e trás muitos transtornos as duas partes. Tanto que uma obsessão de quem fez o trabalho pode e na maioria dos casos a torna vítima, pois a pessoa que foi afetada pela energia negativa pode não querer mais sair daquele vínculo destrutivo.
F – Quando a pessoa tem um vício, quaisquer que seja, e não consegue parar. Isso é um processo obsessivo onde há abertura do Outro. Ou seja, o Outro é que chama o obsessor espiritual para alimentar-se de sua energia do vício. São espíritos que chegam por afinidade em terem os mesmos vícios do Outro.
Esses são somente alguns exemplos de processo obsessivo.
O obsessor costuma ser alguém muito improdutivo e sem foco para outras coisas que não o Outro. Seus assuntos, todos, tendem a buscar sempre uma ligação com o Outro. Seus pensamentos estão sempre lembrando do Outro.
Se você se identificou com essa explicação seja como obsessor ou como Outro, entenda que a melhor coisa é perdoar e libertar. Seja grato(a) ao Outro enquanto esteve em sua vida e abençoe essa pessoa desejando para você paz, desapego e prosperidade. Aceitar que a vida pode e deve mudar é um passo importante.
No próximo artigo vou falar sobre “O que acontece num processo de limpeza espiritual para retirar um obsessor”.
Até lá!