Evolução – O fim de lugar nenhum
As vezes, falando sobre evolução, alguns amigos mais ávidos por conhecimento me perguntam: Mas qual é o fim? Onde é a “linha de chegada” do processo evolutivo?
Eu passei anos acreditando em evolução, processos de aprendizado, etc.
Até que, dia desses, me caiu um ficha e me veio junto com imensa tranquilidade no coração e da alma.
O que você diria se eu te dissesse que estamos indo do nada para lugar algum?
Explico melhor. O homem criou o conceito de evolução para dar algum “sentido” racional as coisas.
Precisamos sentir que vamos chegar em algum lugar sendo quem somos.
Se você é espiritualista provavelmente seu conceito de evolução está baseado em práticas que usam atitudes e palavras relacionadas a bondade, amor, compaixão…
Se você tem um foco um pouco mais materialista, evolução está relacionada a tecnologia, ciência, poder aquisitivo…
Mas ambos partem de um “alvo” criado pela humanidade que estabelece a forma como devemos agir ou como um Mestre faria.
Mas um Mestre é alguém fora desses conceitos. Alguém que não age como pede a regra e que não busca evolução, mas sim transformação.
Assumir essa responsabilidade de transformação é aceitar que agora você está lendo esse texto e daqui 5 minutos tudo isso pode mudar, deixar de existir ou virar outra coisa e, ainda assim, a vida será bela.
Claro que o Universo tem suas leis, todas baseadas em transformação. Então você atrai aquilo que é.
Isso é transformação e o Universo sabe o que você pensa e sente independente do que você diga ou faça.
É por isso que pessoas boas sofrem.
Muitos lugares ensinam – e eu mesmo já fiz um post sobre isso – a não dizer palavrão o tempo todo. Mas você dizer e você pensar xingando é a mesmíssima coisa para o Universo.
A humanidade fala muito em evoluir. Somos evoluídos porque temos a capacidade de compreender e amar.
Serio?
Isso é um instinto primitivo prezada leitora ou leitor. Todo animal tem a capacidade de compreender, amar e se adaptar.
Vamos trazer um pouco o ser humano para a realidade dos fatos?
Para você que tem um cachorro ou outro animal, quando ele late ou mia ou faz um som característico e você já sabe o que é que ele quer…
Você sabe por que ele faz isso?
Talvez sua resposta seja: porque ele (o animal) aprendeu a te “dizer” o que ele quer!
Mas, na verdade, os animais (principalmente cães, gatos, papagaios e golfinhos) testam alguns sons até identificar com qual som você atende o comando deles.
Ou seja prezado ser evoluído, você foi adestrado pelo seu animal de estimação e nem ganhou recompensa. Na verdade eles até te recompensam, mas não com comida.
Não quero entrar aqui num conceito científico para comprovar A ou B, mas o fato é que desenvolvemos a fala e o raciocínio para inventar coisas por necessidade primitiva de sobrevivência.
O conceito de evolução é determinado por uma série de características que a humanidade julga ideais a partir de características que à mantém no topo da cadeia.
Nós queremos SER alguma coisa. Você que é mais espiritualizado aceitaria morrer e nascer como uma bactéria? Um mosquito? Ou uma pedra?
Dependendo da sua crença você vai me dizer: De acordo com o princípio evolutivo isso é impossível. Um ser dotado de inteligência ser uma pedra…
Então pense bem: Deus está em tudo, correto?
Então o que diria Deus, o todo poderoso em ter uma parte Sua como sendo uma pedra?
E voltamos ao princípio: para ser Grande você precisa ser nada!
É necessário aceitar ser nada, aceitar ser um SER que não pensa, mas transforma o tempo todo.
Reconhecer isso é aceitar que estamos indo do nada para lugar algum e que evolução é só um nome bonito para definir alguém ou um “alvo”, um objetivo.
Porém, de fato, hoje eu acredito que o Universo não evolui, mas faz o que o torna tão Grande e tão Nada ao mesmo tempo.
O Universo precisa apenas se transformar a cada instante. O que será de cada transformação e como será não importa, a magia é deixar que as coisas fluam tão imprevisível quanto é tornar-se mestre de si mesmo.
Vivam em paz meus queridos e aproveitem suas existências, mas desapeguem do fato de existir. Insistir em existir é como querer ser mar sem rio, ou terra sem chão, amor sem paixão, fogo sem brasa, ar sem vento e tempestade sem trovão no fim de lugar algum.